Aguas De Marco

Stan Getz
E pau, e pedra, e o fim do caminho
E um resto de toco, e um pouco sozinho
E um caco de vidro, e a vida, e o sol
E a noite, e a morte, e um laco, e o anzol
E peroba do campo, e o no da madeira
Cainga, candeia, e o Matita Pereira

E madeira de vento, tombo da ribanceira
E o misterio profundo, e o queira ou nao queira
E o vento ventando, e o fim da ladeira
E a viga, e o vao, festa da cumeeira
E a chuva chovendo, e conversa ribeira
Das ?uas de mar?, e o fim da canseira
E o pe, e o chao, e a marcha estradeira
Passarinho na mao, pedra de atiradeira

E uma ave no ceu, e uma ave no chao
E um regato, e uma fonte, e um pedaco de pao
E o fundo do poco, e o fim do caminho
No rosto o desgosto, e um pouco sozinho

E um estrepe, e um prego, e uma conta, e um conto
E uma ponta, e um ponto, e um pingo pingando
E um peixe, e um gesto, e uma prata brilhando
E a luz da manha, e o tijolo chegando
E a lenha, e o dia, e o fim da picada
E a garrafa de cana, o estilhaco na estrada
E o projeto da casa, e o corpo na cama
E o carro enguicado, e a lama, e a lama

E um passo, e uma ponte, e um sapo, e uma ra
E um resto de mato, na luz da manha
S? as aguas de marco fechando o verao
E a promessa de vida no teu coracao

E uma cobra, e um pau, e Joao, e Jose
E um espinho na mao, e um corte no pe
E um passo, e uma ponte, e um sapo, e uma ra
E um belo horizonte, e uma febre terca
Sao as aguas de marco fechando o verao
E a promessa de vida no teu coracao

[English Version]

A stick, a stone, it′s the end of the road
It′s the rest of a stump, it′s a little alone
It′s a sliver of glass, it is life, it′s the sun
It is night, it is death, it′s a trap, it′s a gun
The oak when it blooms, a fox in the brush
A knot in the wood, the song of a thrush
The wood of the wind, a cliff, a fall
A scratch, a lump, it is nothing at all
It′s the wind blowing free, it′s the end of the slope
It′s a beam it′s a void, it′s a hunch, it′s a hope
And the river bank talks of the waters of March
It′s the end of the strain
The joy in your heart
The foot, the ground, the flesh and the bone
The beat of the road, a slingshot′s stone
A fish, a flash, a silvery glow
A fight, a bet the fange of a bow
The bed of the well, the end of the line
The dismay in the face, it′s a loss, it′s a find
A spear, a spike, a point, a nail
A drip, a drop, the end of the tale
A truckload of bricks in the soft morning light
The sound of a shot in the dead of the night
A mile, a must, a thrust, a bump,
It′s a girl, it′s a rhyme, it′s a cold, it′s the mumps
The plan of the house, the body in bed
And the car that got stuck, it′s the mud, it′s the mud
A float, a drift, a flight, a wing
A hawk, a quail, the promise of spring
And the river bank talks of the waters of March
It′s the promise of life, it′s the joy in your heart
A stick, a stone, it′s the end of the road
It′s the rest of a stump, it′s a little alone
A snake, a stick, it is John, it is Joe
It′s a thorn in your hand and a cut in your toe
A point, a grain, a bee, a bite
A blink, a buzzard, a sudden stroke of night
A pin, a needle, a sting a pain
A snail, a riddle, a wasp, a stain
A pass in the mountains, a horse and a mule
In the distance the shelves rode three shadows of blue
And the river talks of the waters of March
It′s the promise of life in your heart
A stick, a stone, the end of the road
The rest of a stump, a lonesome road
A sliver of glass, a life, the sun
A knife, a death, the end of the run
And the river bank talks of the waters of March
It′s the end of all strain, it′s the joy in your heart

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